terça-feira, 1 de julho de 2008

Heurística x Benchmarking

Achei no wiki 2 definições bem interessantes sobre estes 2 temas que estão diretamente relacionados com o trabalho do especialista em usabilidade.

Análise heurística - É a parte da pesquisa que visa favorecer o acesso a novos desenvolvimentos teóricos ou descobertas empíricas.
Benchmarking - é a busca das melhores práticas na indústria que conduzem ao desempenho superior.

Antes de entrar no assunto em questão acho importante frisar que os 2 tipos de análise fazem parte do dia a dia do especialista em usabilidade.
Através da prática do benchmarking é possível conhecer as melhores práticas utilizadas pela concorrência e através da análise heurística é possível determinar pontos de atenção no site do cliente.
Geralmente quando produzimos os trabalhos seja de análise ou de benchmark, o produto final é bem segmentado, separando bem a visão.
Geralmente na análise heurística mais de um profissional faz a análise sem a interferência do outro para que no final possam comparar os pontos de atenção e a partir daí concluir os reais pontos de melhoria para o site/sistema em questão. Mas no dia a dia nem sempre é assim. Muitas vezes um único profissional deve fazer a análise da concorrência enquanto no site do cliente (contratante) deve fazer a análise heurística.
No começo desse ano me vi em uma dessas situação onde devia assobiar e chupar cana ao mesmo tempo.
O cliente contratou (e pagou) um benchmarking, porém ele gostaria que colocássemos nas nossas observações pontos de melhoria no site da concorrência como forma de prevenir as mesmas falhas'. Ou seja fazer uma análise heurístisca em cima do benchmarking!
Geralmente utilizo marcações para diferenciar pontos estratégicos. Mas como proceder nesse caso? Não posso fazer uma heurística para um cliente que contratou um benchmarking, além do que a chance de eu não entregar nem um nem outro é muito grande, pois o enfoque do projeto muda.
Refiz algumas análises de trabalhos anteriores e cheguei a seguinte conclusão. . Eu faria o benchmarking como normalmente faço mas colocaria breves comentários sobre pontos de observação mas sem o enfoque que utilizo normalmente, ou seja, sem sinais de atenção a não ser os prioritários.
É um trabalho difícil, pois como consultor você acostuma a ter o olhar sempre crítico, mas em uma análise de pontos fortes da concorrência, o texto tem que ser coerente com a proposta do projeto.
No final das contas deu tudo certo,entregamos um benchmarking com pitadas de heurística e o cliente ficou bastante satisfeito.

2 comentários:

Maíra Amelia disse...

Oi Alexandre, interessante seu post! Eu passei a pouco tempo pela mesma situação, porém o pedido foi feito pelo meu orientador da pós graduação. Realmente são duas técnicas distintas, porém, se forem feitas em conjunto, o benchmarking fica ainda mais rico.

Alexandre Miranda disse...

Legal Maíra, estou sem tempo já neste começo de ano mas espero poder compartilhar mais experiências aqui pelo blog.

Abraço