quinta-feira, 19 de novembro de 2009

Mobile usability test

Semana passada terminamos um teste para mobile, mas especificamente aparelhos de celular com 3 tecnologias diferentes.
Estou sem tempo para postar, mas é muito interessante a diferença entre realizar testes em websites via desktop e via celular.
Muitas peculiaridades e o redesenho será algo bem interessante.
AI + usabilidade, a pilha de material de estudo já está quase da minha altura!

segunda-feira, 26 de outubro de 2009

Curso de usabilidade para comércio eletrônico

Curso: Usabilidade de Sites e Arquitetura da Navegação

Aprenda técnicas de usabilidade de sites, card sorting, arquitetura da navegação e análise heurística em sites de comércio eletrônico, através da análise de cases.
Mais de 50% das pessoas abandonam os carrinhos de compras nas lojas virtuais por problemas de usabilidade. Saiba como aumentar as taxas conversão de vendas em sua loja virtual.
Entenda os pontos fortes e fracos de sua loja virtual. Veja o que fazer e o que não fazer para transformar visitantes em clientes.

Carga horária: 8hMaterial: Pasta com Bloco de Anotações, Caneta e Apostila
Os participantes recebem certificado de conclusão assinado pela CAP Cursos e pela APADI - Associação Paulista das Agências Digitais, que é válido como atividade extracurricular.

Próxima turma: 07/11 das 9h às 18h
Investimento: R$ 590,00

Para inscrever-se no curso acesse o link :
http://www.cursoecommerce.com.br/curso-ecommerce.html#Usabilidade


Cronograma do curso

O que é usabilidade
Para que serve usabilidade
Erros comuns em usabilidade para comércio eletrônico

Teste de usabilidade formas de inspeção
- Análise heurística
- Card Sorting
- Teste de usabilidade
- Métricas em usabilidade

Comportamento de usuário
Boas práticas em usabilidade
Exercício de análise de websites (análise heurística)

O que é Arquitetura de informação
Para que serve Arquitetura de informação
Erros comuns em arquitetura de informação

Para inscrever-se no curso acesse o link :
http://www.cursoecommerce.com.br/curso-ecommerce.html#Usabilidade

terça-feira, 11 de agosto de 2009

Métricas de satisfação

Bom como prometido vou comentar um pouco sobre métricas de satisfação.


Por que utilizá-las?


Essas métricas podem ser vir para muita coisa, como por exemplo para medir expectativas dos usuários ou o nível de satisfação ao utilizar determinado sistema. Ou ainda para tentar extrair do usuário algum pensamento que ele não verbalizou durante um teste.

Talvez seja uma das formas mais importantes em termos de métricas de colhermos a percepção do usuário. Deixo claro que em termos de métricas, pois não se pode levar em consideração apenas os números obtidos.

Quando bem elaborada, conseguimos colher algumas reações que dificilmente um usuário demonstraria em sala de testes, ou então, que ele falaria de livre e espontânea vontade.

Claro, que existem usuários que falam tudo o que pensam e que não tem receio de falar mal do site que estão analisando. Mas por experiência própria, sei que este não é o comportamento padrão, principalmente quando falamos de uma população mais baixa renda.


O tipo de métrica que vou falar aqui hoje é a 'Escala Semântica Diferencial'.



Escala semântica diferencial

Desenvolvida em 1957 por Charles E. Osgood para medir conotações de palavras ou de conceitos.


Este tipo de técnica apresenta pares de palavras/ sentimentos/sensações opostas.

Adjetivos que tem representações opostas como:

quente x frio
fraco x forte
escuro x claro



Utilizando palavras opostas, podemos dentro de uma escala entender como o usuário se sente em relação ao sistema como um todo ou com a tarefa realizada.

Para isso podemos usar uma coleta utilizando 5 ou 7 pontos como no exemplo abaixo:


quente 0 0 0 0 0 0 0 frio

fraco 0 0 0 0 0 0 0 forte

escuro 0 0 0 0 0 0 0 claro.



Não vou entrar aqui na questão em se ter um ponto neutro na escala ou não. Para muitos o ponto neutro é um porto seguro para o entrevistado, onde ele pode permanecer neutro sem manifestar sua opinião. Eu particularmente aplico a escala utilizando um ponto neutro, como esta de 7 pontos onde os 3 primeiros tendem para quente, o ponto quatro é neutro e os próximos 3 tendem para frio.

Ex quente - 1 2 3 (4 neutro) 5 6 7 - frio



Bom, com isso podemos criar então palavras opostas que representem o nosso sistema e assim aplicá la em nossas entrevistas.



Mas, Quando aplicar?



Existem dois momentos que podemos aplicar a escala. No final das tarefas, e mais comummente no final da sessão.

Ambas tem suas vantagens, mas, colher estes dados no final de cada tarefa significa mais dados para analisar no pós teste. Mas se julgar necessário uma análise por tarefa tudo bem.

O maior cuidado que se deve ter aqui são com as palavras escolhidas, pois elas devem ser opostas e ter um significado claro.





Como coletar os dados ?



Esta talvez seja a parte mais difícil. Quem faz testes de usabilidade ou trabalha com pesquisa, sabe da tendência em pessoas tentarem ser positivas sempre. É comum que elas respondam o que elas acham que o moderador quer ouvir, para não parecer uma pessoas negativa, ou tentar passar uma imagem. Isso tem um nome e é objeto de estudo (social desirability Nancarrow & Brace 2000).

Portanto, a forma de apresentar a pesquisa para o cliente é vital para que ele tenha confiança em responder a pesquisa a mais naturalmente possível.



Após todas as entrevistas, conseguimos então ter para cada pergunta a quantidade de respostas colhidas.

Ex: quente - 0 0 0 0 0 - frio ( utilizei aqui uma escala com 5 pontos)



Após 12 entrevistas conseguimos ter quantas pessoas marcaram o primeiro círculo, o segundo, terceiro.....sétimo.



Contabilizando estes dados podemos utilizar várias formas de apresentação. Após alguns estudos utilizando histogramas, decidi apresentar os dados utilizando linhas. Elas deixam claro para o cliente onde o site tende para ruim e onde ele tende para bom ou onde ele está neutro. Deixando claro que nem sempre uma resposta neutra é realmente neutra. Se pergunto se um site é frustrante ou empolgante e a resposta é neutra, isso pode ser um problema, se lervar-mos em consideração outros fatores do teste.



Abaixo segue um exemplo de apresentação dos dados:



O gráfico apresenta o eixo y (vertical) localizado no ponto 3, ou seja, na resposta neutra da nossa pesquisa.

Por que?

Com adotei uma escala com ponto neutro, então coloquei sempre as palavras com conotação negativa do lado esquerdo e as palavras com conotação positiva ao lado direito. Com isso, se a pessoa achou o site organizado, então a maioria das respostas está entre os pontos 4 e 5 (eixo horizontal).

O gráfico mostra que no geral os entrevistados acham o site organizado. O ápice da curva está representado do lado direito e acima do ponto 4 do eixo 'x' ( palavra negativa - lado esquerdo x palavra positiva - lado direito).

Por outro lado, fica claro que falta informação no site, a curva mais alta em rosa está do lado esquerdo ( lado onde diz falta informação).

Finalizando

Apresentei aqui 3 métricas possíveis de serem medidas em usabilidade e formas de apresentá-las para seus clientes.
Mais uma vez, gostaria de deixar claro que somente as métricas não podem servir como resposta para o projeto. Elas devem servir apenas como apoio, como suporte para os apontamentos feitos no relatório final pós teste de usabilidade.
Elas conseguem deixar claro os problemas, mas o 'por que' ainda depende de interpretar o usuário, portanto os protocolos de falar em voz alta, as análises do comportamento do usuário durante entrevista são vitais para uma coerência entre estatísticas e o relatório final.

domingo, 9 de agosto de 2009

Nível de sucesso

Medindo nível de sucesso em tarefas

No último artigo falei sobre como medir sucesso binário. Apresentei os intervalos de confiança e como eles podem nos ajudar a dar uma perspectiva da quantidade de sucessos que serão obtidos na mesma tarefa se ela for realizada com uma amostragem maior.
Hoje vou mostrar um exemplo semelhante e que acredito ser mais útil no dia a dia do profissional de usabilidade. O nível de sucesso.

Nível de sucesso

Ao contrário do sucesso binário, que mede apenas se uma tarefa foi realizada com sucesso ou não, o nível de sucesso é um pouco mais tolerante quando se trata em completar uma tarefa ou não.
Ao invés de colocarmos apenas sucesso/fracasso colocamos níveis intermediários, permitindo assim uma maior flexibilidade em nossa escala.
Dito isso vamos a um exemplo:
Ao invés de usarmos : 1 – sucesso; 0 – fracasso, podemos usar:
1 – sucesso
2 – sucesso com ajuda
3 – sucesso com muita ajuda
4 – falha ou desistência.
A quantidade de níveis intermediários fica a critério de quem vai fazer a escala, porém, não recomendo muitos níveis pois fica difícil controlar durante um teste o que será sucesso com ajuda, sucesso com pouca ajuda, sucesso com muita ajuda, quase desistiu, iria desistir, e assim por diante. Por isso sugiro uma escala com quatro ou cinco níveis no máximo.

Por que nível de sucesso e não sucesso binário?

Bom, cada um tem sua aplicação. Como disse no outro artigo, algumas tarefas podem ser medidas por sucesso ou fracasso, mas outras, não faz sentido ser tão radical.
Ex: Tarefa 1 – Localizar uma máquina fotográfica digital de 10mp da marca sony modelo X que já venha com cartão de memória.
Então o entrevistado localiza uma máquina fotográfica digital, sony, modelo X, com cartão de memória mas somente com 8,1mp.
Classificar como falha a tarefa toda por apenas um item não completado seria muito radical. Por isso podemos usar níveis de sucesso para medir a eficiência do resultado das tarefas.
Desenvolvi uma planilha para medir o nível de sucesso em tarefas:


A planilha apresenta os participantes P1,P2....P12, e as tarefas de 1 a 5.
Para cada tarefa está associado um nível de sucesso.
Incluí também um botão com uma macro para apagar todos os resultados.

Apresentando os resultados

Agora que já temos os resultados de todas as tarefas, podemos elaborar o gráfico que irá representá-lo.



Com os resultados obtidos podemos ter uma radiografia da facilidade ou dificuldade em cada tarefa. O gráfico mostra claramente uma taxa de falha/desistência muito alta na tarefa 9, o que deixa claro um problema severo de usabilidade. A correção imediata ou não deste problema, depende do grau de impacto que esta falha tem no sistema ou no comprometimento de finalização de alguma tarefa vital. De qualquer maneira, fica claro que somente 1 usuário finalizou a tarefa e ainda assim foi necessário ajuda.


Podemos aproveitar o resultado para elaborar também gráfico de sucesso relacionado aos participantes. Com isso conseguimos dentro da nossa amostra perceber se algum público específico teve mais dificuldade e em quais tarefas.
No gráfico apresentado podemos observar que poucos usuários completaram o teste sem falhar ou desistir de alguma tarefa, sendo que os usuário 10 e 11 não realizaram uma das tarefas e isto está representado no gráfico também.
Utilizar este tipo de medição pode ser muito útil, tanto para o profissional que está realizando a pesquisa, quanto para a apresentação de resultados a clientes. Para os profissionais as representações gráficas deixam mais claro onde está o problema e permitem uma comparação em um possível teste no futuro, além de contribuir muito para o aprendizado.
Já para os clientes, muitas vezes fica difícil entender onde está o problema ou por que ele acontece. Com os gráficos começamos a esclarecer as coisas. Lembrando que os gráficos por si só não dizem muito. Eles apontam as falhas mas não dizem muitas vez o por que dela. Um bom relatório observacional e a experiência do especialista em usabilidade em perceber os motivos que levaram as dificuldades ainda é fator fundamental e precioso em análises de usabilidade.

No próximo artigo vou mostrar algumas formas de coletar pesquisas de satisfação em usabilidade que, somadas ao nível de sucesso podem ajudar a deixar ainda mais claro os problemas de usabilidade encontrados.

terça-feira, 4 de agosto de 2009

Medindo sucesso binário

Resolvi continuar com o assunto métricas. Tenho ouvido algumas discussões sobre o assunto e inclusive este ano na semana de usabilidade que participei, este tema foi abordado em alguns momentos. A usabilidade simplesmente como números, ou seja, puramente estatística não responde muitos dos problemas de usabilidade. Servem para apontar o problema de forma clara e objetiva e de maneira que o cliente ou stakeholder do projeto possa visualizar com clareza onde está o problema. Uma análise mais voltada para o entendimento da necessidade do usuário é o caminho da usabilidade atualmente.

Porém, números sempre são interessantes de ser colhidos e utilizados como forma de validar ou ajudar a entender os problemas de usabilidade.
Entre as 10 formas mais utilizadas de colher métricas para web está o sucesso binário, método que eu já comentei brevemente aqui em outro post.

Desenvolvi uma planilha para colher e medir sucesso binário em tarefas. Mas antes de mostra-la vou explicar um pouco para que serve o sucesso binário.

Usa-se este tipo de métrica onde o sucesso de uma tarefa é crítico, como por exemplo para um site de vendas de produtos online é vital que se consiga finalizar a compra. Ou então para situações mais críticas ainda, como o uso de um desfibrilador por exemplo. não existe meio termo entre conseguiu usar e não conseguiu usar.

Como o nome diz, o sucesso é binário então para facilitar conta usamos 0 e 1 onde:


0 - falha
1 - sucesso

Para o dia a dia em testes de sites ou outros sistemas acho este método um pouco severo demais porém mesclado com outras métricas pode trazer resultados interessantes.

Abaixo segue o modelo de planilha para medir sucesso binário.




- Na primeira coluna temos os participantes.
- Nas demais colunas temos as tarefas
- Na linha 18 temos a média, de resultados positivos ( 12 entrevistas/quantidades de sucessos obtidos na tarefas)



Ex: tarefa 1 tem 3 sucessos isso representa 25% de sucesso nesta tarefa.


Logo abaixo vem o intervalo de confiança. não vou entrar em muitos detalhes pois já falei um pouco sobre isso em um post anterior. O importante aqui é que o método utilizado para calcular este intervalo de confiança é um método específico para pequenas amostras binomiais, com isso conseguimos minimizar o desvio do resultado.

Linhas 22 e 23 mostram os limites obtidos através deste intervalo de confiança:

Ou seja : Na minha tarefa 1 tive 25% de sucesso testando 12 usuários. Se eu quiser enxergar isso como medição para uma amostra populacional bem maior, essa taxa pode variar entre 8,3% e 53,8%.

Apesar da medida ser estatística, fica difícil falar para um cliente que a taxa de sucesso na tarefa pode ter uma variação tão grande. Porém se aumentarmos a quantidade de entrevistados a estatística começa a se tornar mais apresentável.

Ex: Vamos supor que 21 de 23 participantes consiguam finalizar uma tarefa com sucesso ou seja 91,3% de sucesso. O nosso intervalo de confiança retorna entre 72% e 98,8% de chance de sucesso para populações maiores.

Apesar de não ser uma medida como do IBOPE com margem de erro de 2% ou 3%, já é mais plausível apresentar este número aum cliente.


Bom, por último segue uma possível apresentação destes dados para o cliente.
Os gráficos representam a taxa de sucesso obtido no teste e as barras mostram os limites inferior e superior.





Depois vou mostrar outras 3 planilhas que desenvolvi.
Uma para medir nível de sucesso ao invés de sucesso binário. Outras duas de satisfação com o desenvolvimento de histogramas para representar os dados obtidos.

Alexandre Miranda

segunda-feira, 3 de agosto de 2009

Measuring Desirability: New methods for evaluating

Muito bom este artigo, aqui segue o trecho inical dele e um link para o documento completo.

É sempre bom saber como diminuir os desvios nas respotas em testes de usabilidade quando o assunto é pesquisa de satisfação e como medir aspectos intangíveis.
Quem faz testes com frequencia sabe que em sua maioria, as pessoas tendem a dar respostas positivas mesmo que elas tenham tido muitas dificuldades ou problemas durante o teste.

Existem vários métodos para colher estas pesquisas inclusive algumas específicas para usabilidade, mas mesmo elas tem um desvio alto.
Aqui temos um método que tenta diminuir o desvio nestas pesquisas de satisfação em usabilidade e também ajuda a medir aspectos intangíveis. Palavras vagas como, engraçado, bom.
Muito bom para quando se é necessário medir um pouco além de um produto ser usável ou não.


Abstract

Difficulty can arise when a practitioner wants to get user input on intangibles such as “desire” and “fun” in a usability lab setting. This paper will introduce you to methods we’ve created to collect feedback on “desirability” and give some background on how we developed them.

Introduction

Formal usability tests in a lab setting are an excellent tool to evaluate whether users can complete tasks; however, the technique has not been as effective for measuring intangible aspects of the user experience such as “fun,” “enjoyment,” or whether the product is desirable enough to purchase. One standard method used to evaluate these intangible aspects is a questionnaire with Likert scales. One problem with this method is that the topics of the questions or anchors on the scales are assigned by the practitioner and often do not mean as much to a participant brought into the lab. In addition, there can be a tendency to give very similar and often positive ratings for each question in the lab environment. Another option is an interview. While this can result in useful data, this approach can be time consuming and with some users it can be difficult to elicit their candid or more negative feedback. In addition the subjective data that is gathered can be challenging to analyze. Because of these barriers, among others, usability engineers in our organization are unlikely to assess “desirability” while evaluating products in the usability lab.

Since product team members had expressed an interest in knowing more than “is the product usable,” we decided to explore ways to measure intangible aspects of the user experience quickly and easily in the lab. Initially this involved interviewing people across the company who have conducted research related to desirability of Microsoft products and brainstorming with them. This paper includes information about the brainstorm session used to generate new ideas, specifics about two different methods we developed as a result of the brainstorm session, and our process using and refining those methods.


Link para o texto completo :http://www.microsoft.com/usability/UEPostings/DesirabilityToolkit.doc

quarta-feira, 29 de julho de 2009

Curso ecommerce.com.br

Curso de ecomerce com uma galera fera na área, o curso é ministrado por profissionais de diversas áreas de internet, todas envolvendo comércio eletrônico.
Mais informações no site:
www.cursoecommerce.com.br

segunda-feira, 27 de julho de 2009

VAREJO ELETRÔNICO VOLTA A APRESENTAR CRESCIMENTO DO “LONG TAIL”

Resultado do primeiro trimestre de 2009 revela manutenção da tendência de aumento na participação dos varejistas de pequeno e médio porte
De acordo com o último levantamento da e-bit, o comércio eletrônico nacional faturou R$ 2,3 bilhões no 1° trimestre de 2009, um crescimento nominal de 25% em comparação ao mesmo período de 2008.
O número aponta para o franco crescimento do e-commerce no país, entretanto, o cenário se mostra um pouco diferente do que víamos há tempos atrás. A distribuição de share entre as lojas virtuais está cada vez mais em evidência já que os pequenos e médios estão ganhando espaço.
Levantamento comparativo sobre a participação no mercado do 1° trimestre de 2009 em relação ao 1° trimestre de 2008 aponta que os dez maiores varejistas perderam 6,45 pontos percentuais.
Em contrapartida, o “long tail”, que engloba pequenas e médias varejistas, ganhou 1,62% em marketshare. Isso comparando o mesmo período analisado.
De acordo com Pedro Guasti, diretor geral da e-bit, a confiança que o canal traz ao consumidor, aliada a maior conscientização no ato da compra, continuam sendo fatores contribuintes para essa tendência no cenário do e-commerce: “Os consumidores estão mais informados a cada dia e orientados a fazerem uma compra com segurança, algo que não é exclusivo dos líderes do mercado. Hoje, a procura é pela melhor oferta, e não pela maior loja. A tendência é que esse tipo de comportamento continue se alongando nos próximos tempos.”
No entanto, para o diretor, é fundamental continuar sendo cuidadoso quando se está comprando online. “Verificar a credibilidade dessas lojas desconhecidas é imprescindível antes de fazer uma operação online. As pessoas não podem ser ingênuas e acreditarem em ofertas fora da realidade do mercado”, explicou Guasti.
De acordo com o e-Marketer, que faz acompanhamento do mercado virtual no mercado americano, as lojas líderes de mercado Amazon, Staples e Dell representam, juntas, cerca de 25% do faturamento total do canal, o que aponta uma grande distribuição das lojas virtuais no país. Para se ter uma idéia, há poucos anos no Brasil, apenas um Grupo obtinha mais de 45% do total de share em vendas B2C.

Participação no Mercado Diferença
1o. Tri2008 1o. Tri2009 p.percentuais
Top1 42,77% 36,32% -6,45%
Top10 76,97% 73,32% -3,65%
Top20 85,65% 83,53% -2,12%
Top50 91,93% 90,31% -1,62%
Long Tail 8,07% 9,69% 1,62%
Fonte: e-bit Informação e CVM – Comissão de Valores Mobiliários
*Vendas de bens de consumo (B2C) exceto veículos e serviços (ingressos, turismo, passagens aéreas e leilão virtual)

*fonte original desta notícia : http://pedroguasti.ebit.com.br/
Coloquei esta matéria aqui pois ela mostra que pequenas e médias lojas começam a dividir o mercado do comércio eletrônico com as lojas tradicionais.
Isso mostra que o mercado está crescendo e se diversificando o que significa que nós profissionais de usabilidade e AI temos uma novo mercado e novos consumidores para atender.
Analisar o comportamento destes consumidores é vital para entender como elaborar a arquitetura de informação nas lojas virtuais.

quarta-feira, 22 de julho de 2009

Browsers x Searchers

Entre os diversos tipos de comportamento de navegação na internet encontram-se os Browsers e os Searchers.
Encaro estes dois tipos como macro categorias uma vez que esta definição é muito ampla e abrangente.
Antes de falar sobre estes dois tipos talvez eu deva explicar um pouco melhor o porque estou me referindo especificamente à eles.
Recentemente participei de um projeto para um portal de informações e notícias na internet e pude observar nas 12 entrevistas a diferença entre ser um browser ou um searcher.

Ouvi estes termos recentemente na semana de usabilidade em San Francisco e já havia ouvido várias definições de comportamento mas sempre muito específicos como, inseguro, confiante, desconfiado e outros. Em sua maioria sempre se referindo ao comportamento apresentado pelo usuário em uma entrevista de usabilidade onde todos os fatores externos influenciam no comportamento.
Antes de mais nada, devemos entender que todos nós somos browsers ou searchers, tudo depende da ocasião e do momento.
Se você após acordar senta em frente ao computador e alí, logo de cara, abre aquela página do seu portal de notícias preferido e você começa a navegar pelas notícias aleatoriamente sendo levado pelas informações que vão surgindo em cada página, então você neste momento é um Browser.
O Browser é o cara que não tem pretensões, não está buscando uma informação específica, quer apenas saber o que está acontecendo e que a web traga algo de interessante até ele. Não quer ter que pensar em um assunto para procurar. É aquele cara que pode transitar de uma notícia sobre esportes para outra de cotidiano e em seguida ler alguma fofoca que tenha chamado sua atenção atenção, ou seja, nada em específico.
Enquanto estiver interessante ele pode pular de página em página sem se preocupar com um objetivo ou meta final.

Porém, se ao acordar e sentar em frente ao computador você mau olha a página inicial do seu portal de notícias e clica logo em sua categoria preferida ou digita algo na busca, bingo! Então você é um searcher.
Para os searchers, diferente dos browsers, o objetivo é tudo. A velocidade e facilidade em localizar uma informação é o ponto vital para sua navegação em um website.

Entendido o principal sobre estes comportamentos podemos entrar no cerne da questão.

Ao construir um website, ao realizar um teste em profundidade ou mesmo construir modelos de persona, esta é uma pergunta que deve ser respondida.
Para quem estou construindo o meu conteúdo? Para browsers ou para searchers?
Bom, como eu disse anteriormente todos nós somos um ou outro dependendo da ocasião, mas alguns websites tem forte inclinação para um modelo ou para outro.

Se você possui uma loja virtual para venda de diversos produtos, na essência o seu site é para searchers.
Se o seu site é um comparador de preços como o buscapé, então o seu site é para searchers.
Não é um comportamente comum ficar navegando de link em link dentro de um site de comparador de preços tentando achar algo interessante para comprar. Assim como o acesso a lojas virtuais também tem um objetivo. Claro que podemos aproveitar o tema pesquisado e fazer o cross-content, oferecendo produtos semelhantes que podem ser do interesse do usuário. Mas mesmo assim na essência é um site para buscas e que por "experiência da equipe envolvida no desenvolvimento" aproveita para oferecer conteúdos que possam ser do interesse deste usuário.
Para os searchers é muito importante acesso fácil e rápido a categorias de menu, sistema de busca, enfatizando aqui que um bom sistema de busca viva (aquele que você começa a digitar e ele completa a palavra) pode ajudar e muito a vida dos searchers.

Agora, se você tem um portal de noticias de última hora, ou de informações gerais, então ele está muito mais próximo do universo dos browsers, pois estes querem que as notícias que eles escolheram, apresente mais algum tema de seu interesse e assim possam absorver tudo o que está acontecendo sem ter que pensar: O que quero ver agora?
Para eles o cruzamento de conteúdos é a artéria principal do site, pois é por ali que eles irão buscar os assuntos de interesse.

O interessante de se pensar desta maneira é que facilita o entendimento sobre um projeto de arquitetura de informação, pois se o modelo de negócio é totalmente voltado para searchers como é o caso de um site comparador de preços ou de um sistema de busca, toda a arquitetura deverá comportar este modelo de pensamento de forma prioritária, mas claro, sem deixar de lado os browser.
Caso contrário, se o modelo de negócio é legitimamente voltado para browser, então a arquitetura e cruzamento de conteúdos estará voltada com mais força para este tipo de comportamento, criando áreas claras e visíveis de cruzamento de conteúdos.

É claro que existem os sites híbridos, como é o caso de sites de música por exemplo. Para estes sites existe os dois públicos, aqueles que sabem o que estão indo ouvir e aqueles que esperam que ao entrar no site apareça algo que lhes chame a atenção. Neste caso deve haver um bom equilíbrio para atender ambas as expectativas.

Assim como existem sites em que, ambos os comportamentos não se aplicam. Como é o caso de um canal de conveniência como o internet banking. Não se entra lá para fazer pesquisas nem para ver se tem algo interessante. O foco é outro. Consultar algo, pagar uma conta, transferir um dinheiro. Não se consulta uma fatura de cartão de crédito e no final da página está escrito: " Pessoas que consultaram a fatura do cartão também consultaram estes outros itens..."

O importante é que, pensar nestes dois modelos de comportamento durante o desenvolvimento da estratégia do site pode ajudar e muito no desenvolvimento de uma boa experiência de navegação em muitos tipos de site.

sábado, 27 de junho de 2009

Visita ao escritório Adaptive path


Em minha visita de 2 semanas a San Francisco, tive a oportunidade de conhecer o escritório da Adaptive Path, após 4 longos dias de cursos no UX intensive, juntamos um pessoal do curso e fomos até o escritório para conhecer o local de trabalho deles.
Eis que me deparo com J.J Garret em pessoa tirando umas fotos por lá, então aproveitei a oportunidade para tirar uma foto também.
Foi bem interessante, eles abriram o escritório para visitas, na verdade haviam diversos escritórios abertos na cidade pois fazia parte da semana de design que estava acontecendo em San Francisco, além do UX intensive acontecia também um evento do DMI (Design Management Institute) no qual J.J Garret estava participando, junto com outras feras como Tim Brown CEO da IDEO.
O escritório estava como após um dia de trabalho, não fizera, questão de esconder e nem de arrumar nada, um ambiente de trabalho bem descontraído e que nada lembra um escritório formal de negócios. Tem 2 andares, poucas paredes, muitos quadros, sticks (ou post its aqui pra nós), modelos de processos mentais, design research, mapas de arquiteturas, tudo isso exposto nas paredes e nas mesas.

É interessante ver como eles trabalham muito com o visual mesmo em etapas de concepção e estruturação de modelos mentais e personas. Tudo vira papel e é pregado nos quadros ou então é desenhado em algum lugar. Poucas são as coisas que ficam somente em texto.


Tivemos acesso também a documentação de projetos antigos onde pudemos analisar sem pressa como é desenvolvido o material desde a pesquisa do design até a prototipação. Vimos todo este processo nos 4 dias do user experience intensivo e fio muito bom para vermos que tudo que vimos nas aulas é realmente o que eles utilizam no dia a dia, inclusive alguns dos materiais mostrados durante o curso, ainda estavam expostos nas paredes do escritório.
Durante a visita que durou aproximadamente 2 horas, foram servidas cervejas a vontade, balas, salgadinhos e refrigerantes.
Foi um oportunidade ímpar conhecer um ambiente de trabalho onde se respira experiência do usuário em todos ambientes.

quarta-feira, 20 de maio de 2009

Eu defendo Nielsen

Já faz um bom tempo que venho acompanhando e vendo diversas pessoas (geralmente arquitetos de informação) dizendo que Jakob Nielsen não presta, ou que sua visão é antiquada ou que suas idéias morreram ou não servem mais perante a web que encontramos hoje em dia.

Tudo besteira.

Ele foi e ainda é uma referência para todos os profissionais da área.Fico triste em ver que pessoas que estão no mercado de AI a menos de 4 anos e é a maioria segundo as pesquisas do Guilhermo Reis (56%) difundirem com tanta propriedade que os dias de Jakob estão contados.

Digo isto principalmente pelo fato da grande maioria, nem sequer realizar testes de usabilidade com usuários para entender de fato quais são os problemas por eles enfrentados. Muitos trabalham com sites específicos, hotsites ou sites que não apresentam acesso em massa como um internet banking por exemplo.

As mesmas pesquisas do Guilhermo Reis mostram que menos de 25% dos arquitetos que responderam a pesquisa, tem como prática o teste de usabilidade. Por isso acho que é necessário que estas pessoas tenham um pouco mais de cuidado ao disparar inverdades sem conhecimento de causa.


A diferença entre o conhecimento e a prática do teste de usabilidade apontada no estudo mostra o quão infundado são estes argumentos.
Aproximadamente 23% dos entrevistados tem como prática o teste de usabilidade, ou seja, não conhecem de fato o comportamento do usuário, apenas fazem conjecturas de como ele deve se comportar em determinados sites. (não tiro o mérito das análises de personas e outros métodos para conhecer os usuários).

Posso afirmar com conhecimento de causa que os problemas enfrentados pelos internautas brasileiros ainda são os básicos, muitos deles apontados no famoso 'Projetando Webisites' (Jakob Nilsen 2000).
Mesmo após 9 anos de sua publicação original o nosso público ainda sente as dificuldades encontradas nos primórdios da web comercial aqui no Brasil.
Muitos ignoram o fato de termos uma classe C e D emergentes que passam agora a ter acesso a internet. Talvez muitos ignorem que existe por exemplo um movimento forte de bancarização desta classe emergente (65% da população brasileira não é bancarizada, revista CIAB ed.97) e que pra eles as dificuldades ainda são aquelas de 2000, as básicas.
Tento não ser grosseiro aqui, mas tenho me indignado com os achismos, diante dos números que apresento.
O profissional mais antigo de usabilidade( e digo em tempo de trabalho) aqui no Brasil que conheço, trabalha com isso a 10 anos. Vejam bem somente 10 anos! Não é como um engenheiro ou um dentista que tem tradição de gerações realizando um trabalho.
Não gosto de prepotência, passei dos 30 e acho que os mais jovens devem beber na mesma fonte que os mais velhos ao invés de achar que o conhecimento deles é antigo demais para ser usado hoje.
É preciso entender que as necessidades de usabilidade no Brasil não são as mesma que nos E.U.A, estamos anos luz atrás do conhecimento destas pessoas que só fazem isso a décadas. Os nossos usuários estão da mesma maneira a anos luz dos usuários de internet dos E.U.A.

Digo isso tudo pois sou um peixe fora d'agua dentro das estatísticas apresentas pelo Guilhermo Reis. trabalho em uma consultoria onde o nosso único foco são testes de usabilidade. Testar interfaces em laboratótio faz parte do meu dia a dia e afirmo com propriedade, Nielsen não morreu pra usabilidade, a cada 2 ou 3 anos recebemos novos livros, releases que norteiam os acontecimentos que estão por chegar aqui no Brasil, com uns 10 anos de atraso.... mas que chega, isso chega.

The Research-Based Web Design & Usability Guidelines

Desenvolvido pela U.S. Department of Health and Human Services apresenta em um livro 209 diretrizes para o desenvolvimento de sites.
Não li ainda mas terminei o download (160mb) para ler depois.
Parece ser um material interessante, segue aqui uma parte do texto de intridução do livro.
No linké possível fazer o download do material completo.
Abs.

The Research-Based Web Design & Usability Guidelines (Guidelines) were developed by the U.S. Department of Health and Human Services (HHS), in partnership with the U.S. General Services Administration. This new edition of the Guidelines updates the original set of 187 guidelines, and adds 22 new ones. Many of the guidelines were edited, and numerous new references have been added. There are now 209 guidelines.The Guidelines were developed to assist those involved in the creation of Web sites to base their decisions on the most current and best available evidence. The Guidelines are particularly relevant to the design of information-oriented sites, but can be applied across the wide spectrum of Web

Link http://www.usability.gov/pdfs/guidelines.html#2

quarta-feira, 29 de abril de 2009

Review - Measuring usabilty projects


Há algum tempo trabalhando com usabilidade sempre me deparo com a pergunta: Como medir efetivamente a experiência do usuário.
Achei este livro na amazon e logo paguei um frete absurso só para não ter que esperar os 30 dias para começar a ler logo o livro. Eis então que me deparei com um livro complexo mas muito interessante.
O livro aborda diversos aspectos de interação entre homem e máquina e apresenta várias formas de medir o desempenho do design. Não é algo simples pois apresenta conceitos um pouco complexos de estatística como intervalos de confiança e intervalos de confiança binomial o que requer no mínimo algumas horas extras de estudo de estatística caso você queira realmente entender o que está fazendo.
No meu caso como não gosto de fazer algo que não sei como funciona ou para que serve, tenho dedicado algum tempo para estudos básicos estatísticos como os ditos intervalos, probabilidades, binomios e cruzamento de resultados.
Se você não é estatístico o livro pode ser um pouco confuso e será necessário ler trechos, parar, estudar o assunto estatístico em questão e depois voltar para o livro, mas ele sem dúvida irá te dar uma outra visão sobre como medir resultados em usabilidade.
Importante dizer que aqui você aprende a apresentar resultados que servem sim como dados estatísticos para a empresa, mas o problema é que poucas fazem teste de usabilidade e sempre com número reduzidode entrevistados . E para se obter um intervalo estatístico confiável (confidence interval ou intervalo de confiança) é necessário uma massa crítica grande (quanto mais gente testada melhor).
Vou dar um exemplo básico.
Se em um teste foram testadas 10 pessoas em uma tarefa e 6 terminaram com êxito, isso significa 60% de sucesso na tarefa.
Mas como saber se ao testar 1.000 pessoas, 600 terão sucesso?
Aí é que entra o tal intervalo de confiança, que é uma medida que irá dizer o quão confiável é o seu 60% de acerto quando testarmos a mesma tarefa com mais pessoas.
O resultado do cálculo do intervalo de confiança te trará um número Ex: +/-28%.
Ou seja, Existe entre 32% (60-28) e 88% (60+28) de chance de os seus entrevistados terem êxito naquela tarefa.
Quanto maior for o número de pessoas testadas, menor é esse intervalo de confiança o que torna os dados muito mais precisos.
Exemplo 2 :
Se em um teste foram testadas 1000 pessoas em uma tarefa e 600 terminaram com êxito, isso significa 60% de sucesso na tarefa.
O resultado do cálculo do intervalo de confiança desta amostra te trará um número Ex: +/-2,8%.
Ou seja, Existe entre 57,2% (60-2,8) e 62,8% (60+2,8) de chance de os seus entrevistados terem êxito naquela tarefa.
Com isso conseguimos trazer um dados estatístico real para a empresa. Dizer com certeza que entre 57 e 62% da pessoas que realizarem aquela tarefa terão êxito, se não é um dado extremamente preciso é pelo menos uma idéia (ainda não me a costumei com o novo português!) palpável de taxa de aproveitamento de determinada tarefa.
Bom, o livro apresenta diversas outras técnicas que somadas exibem números reais e interessantes.
Até a próxima!

Primeiro curso e algumas lembranças

Recentemente achei meu primeiro diploma em cursos de computação. Data de 1992 e era um curso para aprender MS-DOS 2.1 ou algo semelhante. Eu tinha 14 anos na época e como minha mãe dizia "... era muito engraçado ver você filho, saindo daquela sala conversando com homens de terno e gravata e você com sua pastinha na mão...".
Mas ali eu comecei meu interesse por informática e que me acompanha até hoje, sempre estudando e aprendendo. Já passei por todas as áreas da informática montagem de micro computadores no tempo em que era necessário configurar IRQ e DMA channel no jumper;

pela configuração de acesso a internet, quando um modem US Robotics de 56K era o máximo em tecnologia aqui pra nós no Brasil;

pela configuração de internet em 1999 no UOL, quando eles ainda pagavam bem um analista helpdesk com conhecimentos em internet, coisa difícil de encontrar na época, a internet ainda era discada.

Foi lá que tive meus primeiros contatos com HTML, até então meu sonho era trabalhar com 3D, quase me matriculei no curso da Silicom graphics no Brasil. Trabalhei desenvolvendo peças em 3D para pequenos clientes, geralmente incorporando esse material aos sites que eu comecei a fazer, alguns voluntariamente só para aprender.

Foi em um desses cursos em meados de 2002 que ouvi falar de usabilidade pela primeira vez. Um curso no SENAC de web publisher professional. Não lembro o nome do professor mas lembro dele com o livro do Nielsen 'Projentando websites' na mão e dizendo:
- Se vocês querem fazer site então vocês tem que ler isso aqui.
E apontava para o livro.

Ainda não tinha idéia do que era usabilidade e muito menos que viria a trabalhar especificamente com usabilidade para websites e sistemas alguns anos depois.

Passados alguns bons anos de estudo em diversas áreas de conhecimento relacionados a informática (fiz 2 anos e meio de Ciencia da computação no Mackenzie e mais 1 ano de Design digital no SENAC) vejo que todos os cursos que fiz no passado me servem hoje, mesmo aqueles pontuais como AUTOCAD e Excelência em atendimento help desk, fazem com que hoje eu seja capaz de analisar uma situação por diversos ângulos.

Hoje sou consultor de usabilidade, mas antes de tudo sou um entusiasta da web, gosto de conhecer coisas novas, de testar coisas novas, novos softwares, novas ferramentas. Afinal quase tudo que aprendi de informática, por mais que eu tenha feito mais de uma dezena de cursos, foi na internet, quebrando a cabeça e resolvendo problemas sozinho.
Ou como eu costumava dizer quando ainda era pequeno e minha mãe precisava de alguma coisa no computador mas que ela não sabia mexer, e nem eu.

" Calma mãe.... isso é um problema entre eu e o computador.... deixa que eu resolvo".

terça-feira, 28 de abril de 2009

UX Intensive and Usability week

Bom, chegou minha hora, este ano tenho a oportunidade de participar de 2 eventos no exterior.
A usability week, já famosa e conhecida pela maioria das pessoas que trabalha na área de usabilidade e arquitetura de informação e a UX intensive, que é mais parecido com um workshop onde você pode efetivamente botar a mão na massa e aprender fazendo não apenas ouvindo e teorizando.
Enquanto o mês de junho não chega estou afinando o inglês para não perder nenhum detalhe da minha visita a San Francisco!

Escolhi o seguinte programa :

UX Intensive 2009

Day One - Design Strategy. The most stellar design will fail to succeed unless it supports an underlying business strategy. Yet a business strategy is nothing but a plan until it connects with compelling solutions that actually appeal to the target customer. Whether you're a manager or an enterprising practitioner, this workshop provides you with the tools you need to put your designs into business. And vice versa. Led by Adaptive Path's Design Strategist,

Day Two - Design Research. To get through to your customers, you need to know exactly what makes them tick. And that means learning more than just the usual superficial characterizations. What do they want? Need? Crave? What are they really trying to do, and why? With the research frameworks and methods covered in this jam-packed workshop, you'll discover how to unearth deep, practical insights about the people you want to reach most. Guided by Adaptive Path's Experience Designer,

Day Three - Information Architecture. All the design strategy, user research and interaction design in the world isn't going to get customers to the information they need without a sound architecture to guide them. This lesson features an array of practical techniques to help you analyze, model and describe the content on your site. Taught by Kate Rutter, the Senior Practitioner at Adaptive Path

Day Four - Interaction Design. Once you've developed a strategy and completed your research, how do you make a product or service that both engages users and works well? It's up to you to transform the research data into an effective design, and then get that design built. In this session, you'll not only learn how to design for better interactions, you'll also learn how to become a better interaction designer. Led by Andrew Crow, a Senior Experience Designer at Adaptive Path.


Usability Week
June 22 - 24, 2009: Usability in Practice: 3-Day Intensive Camp
June 25, 2009: Fundamental Guidelines for Web Usability
une 26, 2009: Information Architecture 1 J
une 27, 2009: Mobile Usability


Se tiver algum brasileiro indo pra lá, entre em contato!!

Crise? Aqui na empresa ainda não!

O final do ano passado foi um momento apreensivo para todos, afinal, não se tinha certeza do que estaria nos aguardando em 2009 em relação a quantidade de projetos.
Bom, chegou o começo do ano e junto com ele uma série de testes de usabilidade. Coisa que não estávamos esperando. Geralmente é uma época em que fazemos muitos benchmarks, as empresas querem entender seu posicionamento no mercado em relação aos concorrentes e no segundo semestre é que os testes acontecem efetivamente.
Este ano não está sendo assim, começamos realizando muitos testes e para vários segmentos distintos.
Espero que continue neste caminho, assim podemos ampliar a equipe e ter mais gente trabalhando como especialistas em usabilidade para canais virtuais.