quarta-feira, 29 de abril de 2009

Review - Measuring usabilty projects


Há algum tempo trabalhando com usabilidade sempre me deparo com a pergunta: Como medir efetivamente a experiência do usuário.
Achei este livro na amazon e logo paguei um frete absurso só para não ter que esperar os 30 dias para começar a ler logo o livro. Eis então que me deparei com um livro complexo mas muito interessante.
O livro aborda diversos aspectos de interação entre homem e máquina e apresenta várias formas de medir o desempenho do design. Não é algo simples pois apresenta conceitos um pouco complexos de estatística como intervalos de confiança e intervalos de confiança binomial o que requer no mínimo algumas horas extras de estudo de estatística caso você queira realmente entender o que está fazendo.
No meu caso como não gosto de fazer algo que não sei como funciona ou para que serve, tenho dedicado algum tempo para estudos básicos estatísticos como os ditos intervalos, probabilidades, binomios e cruzamento de resultados.
Se você não é estatístico o livro pode ser um pouco confuso e será necessário ler trechos, parar, estudar o assunto estatístico em questão e depois voltar para o livro, mas ele sem dúvida irá te dar uma outra visão sobre como medir resultados em usabilidade.
Importante dizer que aqui você aprende a apresentar resultados que servem sim como dados estatísticos para a empresa, mas o problema é que poucas fazem teste de usabilidade e sempre com número reduzidode entrevistados . E para se obter um intervalo estatístico confiável (confidence interval ou intervalo de confiança) é necessário uma massa crítica grande (quanto mais gente testada melhor).
Vou dar um exemplo básico.
Se em um teste foram testadas 10 pessoas em uma tarefa e 6 terminaram com êxito, isso significa 60% de sucesso na tarefa.
Mas como saber se ao testar 1.000 pessoas, 600 terão sucesso?
Aí é que entra o tal intervalo de confiança, que é uma medida que irá dizer o quão confiável é o seu 60% de acerto quando testarmos a mesma tarefa com mais pessoas.
O resultado do cálculo do intervalo de confiança te trará um número Ex: +/-28%.
Ou seja, Existe entre 32% (60-28) e 88% (60+28) de chance de os seus entrevistados terem êxito naquela tarefa.
Quanto maior for o número de pessoas testadas, menor é esse intervalo de confiança o que torna os dados muito mais precisos.
Exemplo 2 :
Se em um teste foram testadas 1000 pessoas em uma tarefa e 600 terminaram com êxito, isso significa 60% de sucesso na tarefa.
O resultado do cálculo do intervalo de confiança desta amostra te trará um número Ex: +/-2,8%.
Ou seja, Existe entre 57,2% (60-2,8) e 62,8% (60+2,8) de chance de os seus entrevistados terem êxito naquela tarefa.
Com isso conseguimos trazer um dados estatístico real para a empresa. Dizer com certeza que entre 57 e 62% da pessoas que realizarem aquela tarefa terão êxito, se não é um dado extremamente preciso é pelo menos uma idéia (ainda não me a costumei com o novo português!) palpável de taxa de aproveitamento de determinada tarefa.
Bom, o livro apresenta diversas outras técnicas que somadas exibem números reais e interessantes.
Até a próxima!

Primeiro curso e algumas lembranças

Recentemente achei meu primeiro diploma em cursos de computação. Data de 1992 e era um curso para aprender MS-DOS 2.1 ou algo semelhante. Eu tinha 14 anos na época e como minha mãe dizia "... era muito engraçado ver você filho, saindo daquela sala conversando com homens de terno e gravata e você com sua pastinha na mão...".
Mas ali eu comecei meu interesse por informática e que me acompanha até hoje, sempre estudando e aprendendo. Já passei por todas as áreas da informática montagem de micro computadores no tempo em que era necessário configurar IRQ e DMA channel no jumper;

pela configuração de acesso a internet, quando um modem US Robotics de 56K era o máximo em tecnologia aqui pra nós no Brasil;

pela configuração de internet em 1999 no UOL, quando eles ainda pagavam bem um analista helpdesk com conhecimentos em internet, coisa difícil de encontrar na época, a internet ainda era discada.

Foi lá que tive meus primeiros contatos com HTML, até então meu sonho era trabalhar com 3D, quase me matriculei no curso da Silicom graphics no Brasil. Trabalhei desenvolvendo peças em 3D para pequenos clientes, geralmente incorporando esse material aos sites que eu comecei a fazer, alguns voluntariamente só para aprender.

Foi em um desses cursos em meados de 2002 que ouvi falar de usabilidade pela primeira vez. Um curso no SENAC de web publisher professional. Não lembro o nome do professor mas lembro dele com o livro do Nielsen 'Projentando websites' na mão e dizendo:
- Se vocês querem fazer site então vocês tem que ler isso aqui.
E apontava para o livro.

Ainda não tinha idéia do que era usabilidade e muito menos que viria a trabalhar especificamente com usabilidade para websites e sistemas alguns anos depois.

Passados alguns bons anos de estudo em diversas áreas de conhecimento relacionados a informática (fiz 2 anos e meio de Ciencia da computação no Mackenzie e mais 1 ano de Design digital no SENAC) vejo que todos os cursos que fiz no passado me servem hoje, mesmo aqueles pontuais como AUTOCAD e Excelência em atendimento help desk, fazem com que hoje eu seja capaz de analisar uma situação por diversos ângulos.

Hoje sou consultor de usabilidade, mas antes de tudo sou um entusiasta da web, gosto de conhecer coisas novas, de testar coisas novas, novos softwares, novas ferramentas. Afinal quase tudo que aprendi de informática, por mais que eu tenha feito mais de uma dezena de cursos, foi na internet, quebrando a cabeça e resolvendo problemas sozinho.
Ou como eu costumava dizer quando ainda era pequeno e minha mãe precisava de alguma coisa no computador mas que ela não sabia mexer, e nem eu.

" Calma mãe.... isso é um problema entre eu e o computador.... deixa que eu resolvo".